Enviado pela Camila e postado originalmente no blog http://ideiafix.wordpress.com
O Manual do Mentiroso
1 – Parcimônia: Só minta quando realmente precisar. Quanto mais você mente, menos credibilidade tem, mesmo que os outros acreditem na sua lorota; além disso, o passo 5 ficará mais difícil de ser realizado.
Contar a verdade é sempre melhor, por isso, utilize a mentira de forma ponderada. Sabendo usar não vai faltar!
2 – Believe in yourself: Acredite na sua mentira! Se você não acreditar, ninguém mais acreditará. Não fantasies muito. Invente coisas verossímeis, possíveis de terem acontecido. Quanto mais real for sua mentira, mais fácil ela será de ser contada e engolida. Aquela história de “o cachorro comeu minha lição” ou “faltei ontem porque minha avó faleceu” estão muito surradas. Seja criativo!
3 – Controle suas emoções: É fundamental controlar as reações do seu corpo. Olhe nos olhos da pessoa, não trema, não fique gago, não fique vermelho, controle suas glândulas sudoríparas. Esses reações involuntárias vão estragar sua lorota. Outra coisa que vai acabar com a sua mentira é o tom que você usa para contá-la. Não exagere na emoção ou entonação… vai parecer piegas e muito inverossímil. Emoção de menos atrapalha, afinal, você está mentindo porque precisa, certo?
4 – Treine, treine e… treine: Mentir de improviso é muito arriscado. Você corre o alto risco de não seguir o passo 3 devido a alta dose de adrenalina no organismo. Quanto mais você treinar, mais fácil vai ser controlar a emoção, além de não cair em contradição. É importante salientar que mentira decorada (ao estilo telemarketing) não cola. Contar sua mentira com fluência demanda tempo, mas vale a pena.
Pensar em todas as possibilidades de contra argumentação também é importante. Você pode até não contar na hora (o famoso às na manga), mas se a pessoa rebater sua lorota, você vai estar preparado para o próximo passo:
5 – Mantenha sua história: Essa é a parte mais difícil e engloba todas as outras lições supra-citadas. Se você mentir pouco (passo 1) vai ser capaz de lembrar de todas as lorotas, já que realmente acredita nelas (passo 2) e as tornou “reais”. Se você esquecer que contou a mentira, pode ser pego em contradição e aí não vai conseguir seguir o passo 3. Essa parte se tornará um pouco mais fácil, dependendo do seu grau de dedicação ao passo 4. IMPORTANTE: Caso alguém descubra alguma mentira sua, todas as outras correm perigo. Mantenha-se calmo e, já no passo 4, prepare algo para essas situações.
6 – Caixa de bombons: O melhor jeito de fazer uma mentira ser aceita é embalá-la com verdades. Vou fazer uma comparação: se você quer que alguém coma um bombom envenenado, você, obviamente, não dará apenas aquele bombom. A probabilidade de a pessoa comê-lo é muito menor do que se ele vier numa caixa, cercado de bombons limpos, saborosos e perfeitamente saudáveis.
Com a mentira é a mesma coisa. Uma lorota seca e deslavada pode até ser aceita, mas será mais eficiente se vier cercada com verdades. Mais uma vez a importância do passo 1.
7 – Fabrique bombons: O quê? Não tem bombons limpos para colocar na caixa? Ora meu caro…. fabrique-os! Você certamente tem algo verídico para contar. Quanto mais coisas realmente verdadeiras você tem, mais disfarçada será a sua mentira.
As vezes é importante admitir que errou, esqueceu, se atrasou. Isso provoca no ouvinte a sensação de “Puxa… ele tem coragem de falar a verdade“, além de te fornecer argumentos do tipo: “Porque eu mentiria agora se já admiti que errei outras vezes?“. Lembrar dessas situações te ajuda muito a embalar aquela desculpa que você preparou com tanto esmero. São bombons saudáveis realmente eficientes!
Não recomendo frases do tipo “E eu já menti para você alguma vez?“. Elas só devem ser ditas em caso de desespero e se contiverem pelo menos algum fundo de verdade. Lembre-se do que pode acontecer no passo 5!
IMPORTANTE: É fundamental que você siga os passos acima da forma mais fiel que puder. O resultado só é garantido se todas as etapas forem completadas o mais perfeitamente possível.
Não me responsabilizo pela incompetência de quem tentar seguir essas dicas e não as fizer decentemente.
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